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Tecnologia, para quem?

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Entre os cidadãos do mundo, poucos são os que conseguem perceber a imensa extensão de conhecimento e do desenvolvimento tecnológico que existe hoje dentro de nossa sociedade. Os equipamentos que consumimos, ou mesmo as tecnologias que são divulgadas para a população em geral, ainda ficam muito aquém da nossa capacidade atual de produção de conhecimento. Para exemplificar melhor o que digo, as fontes de energia limpas, são projetos concluídos há mais de 15 anos com sucesso, porém, apenas a alguns anos esta questão veio a público. O motivo é o mesmo de sempre: depois da produção de armas e da indústria do vídeo game, a indústria de produção de energia fóssil é a mais poderosa do planeta, tanto financeiramente, como politicamente. Desta forma, a proliferação de uso das tecnologias limpas, esgotariam a fonte de renda e de poder destas indústrias.

Estamos na era da nanotecnologia, e ainda não conseguimos matar a fome do mundo, nem ao menos fechar os esgotos a céu aberto, ao redor do qual, muitas pessoas são obrigadas a viver. Os mares estão cada vez mais saturados de petróleo, e os chamados acidentes ecológicos continuam a ocorrer. Somente pelo fato de que sai mais barato para as empresas poluidoras pagar as multas instituídas do que de utilizar as tecnologias apropriadas. Foi pensando nisto que me fiz uma pergunta: Tecnologia, para quem?

Vazamento de 800.000 litros de petróleo por dia, durante quatro meses....

A quem deveria servir o desenvolvimento das tecnologias e saberes humanos? Algumas pessoas pelo mundo, já acreditam que devemos, de uma vez por todas exigir esta apropriação. Utilizar o conhecimento humano para seres humanos, e não para as empresas ou governos. Estas pessoas estão se mobilizando e se articulando, a fim de desenvolver uma sociedade mais inteligente e mais saudável.  Vou apresentar aqui, apenas alguns exemplos de comunidades auto sustentáveis, que se desnvolvem no Brasil e uma comunidade muito especial, a comunidade do Movimento Zeitgeist. Especial porque esta comunidadde é mundial e já ultrapassa os 400.000 integrantes. Também especial porque esta comunidade está profundamente ligada ao Projeto Vênus. Projeto que desenvolve experiências empíricas em uma cidade laboratório. O objetivo desta cidade é testar, medir, avaliar, a teoria na prática, as tecnologias dentro do sistema urbano.

A partir desta experiência poder-se-á efetivamente saber até que ponto e em quais proporções as tecnologias de urbanização são sustentáveis dentro da nossa realidade populacional ou não.

Hoje, tanto o movimento, quanto o projeto, estão articuladas ao Green Peace e outros movimentos internacionais que buscam o desenvolvimento da consciência planetária. Por um planeta mais limpo, sustentável e pacífico.

Crianças e adultos ainda morrem de fome, enquanto desperdiçamos cerca de 30% da produção de alimentos.

Jones Junqueira é ativista do Movimento Zeitgeist e colabora na construção e organização das mostras e eventos que ocorrem aqui em Porto Alegre. Estava programada uma entrevista com ele para este post, mas por motivos de ordem pessoal, ele não pode  participar. Remarcamos para a próxima semana, quando ele deverá estar mais dispponível. Prometo postá-la assim que for realizada para complementar esta matéria. O que ele me adiantou, ainda por telefone, é que os materiais do grupo, como filmes, vídeos e toda a informação pertinente ao movimento e ao projeto Vênus encontra-se totalmente disponível para download, cópia e impressão.

“Já que o objetivo principal deste movimento, é disseminar a informação, ampliando os grupos sociais de pressão, para que possamos construir um mundo melhor.” Afirma ele.

As comunidades alternativas

“As comunidades alternativas existem espalhadas pelo mundo todo, de várias formas e maneiras e estão dando um exemplo de cooperativismo, cooperacão, consciencia grupal, organização, equilíbrio dos planos material e espiritual; enfim, um modelo novo a ser copiado por quem estiver interessado e afinado com essas propostas de vida.”

Estas comunidades já existem no Brasil. São comunidades pequenas, desenvolvidas em meio rural, onde conseguem construir um ecossistema paralelo ao sistema urbano que temos hoje. Alguém há de dizer: mas eu não quero ter que viver no meio do mato para ter qualidade de vida!  Ok, mas devemos perceber que esta consciência  coletiva, sustentável e cooperativa, ainda é embrionária. O principal destes modelos de comunidades que já se desenvolvem há mais de vinte anos, é saber que sim, outro mundo é possível. Sim, já exitem pessoas desenvolvendo esta nova forma de viver com sucesso. Sim, cada vez mais pessoas se unem a estes grupos e fortalecem estes valores, no qual são embasados toda a relação entre sociedade e tecnologia. Lembrando sempre, que vivemos hoje um ecossitema social onde, economia, sociedade e tecnologia, formam o tripé de nossa realidade. Precisamos trabalhar muito ainda para conseguir um equilíbrio entre políticas econômicas, acesso livre a todo conhecimento desenvolvido pela humanidade e cultura de valores sociais. Só a partir deste equilíbrio, poderemos transformar a realidade de nosso planeta.

Comunidade no Ceará aponta para um tempo em que cuidados ambientais e sociais, com atitudes coletivas já farão parte do cotidiano.

Comunidade no Ceará aponta para um tempo em que cuidados ambientais e sociais, com atitudes coletivas já fazem parte do cotidiano.

No Ceará encontra-se a comunidade Sabiaguaba, fundada em 1975 por um casal. Regina Lima – enfermeira obstetra e José Albano – fotógrafo. Eles compraram um terreno e fundaram a comunidade, buscando uma vida de qualidade, embasada em valores de respeito ao próximo e ao meio ambiente. Hoje existem quatro casas lá. Eles possuem luz elétrica, água, telefone, correio e coleta de lixo, mas estes recursos são dministrados de forma a não agredir o meio ambiente, nem qualquer criatura viva que a ele pertença.

“O fotógrafo, Zé Albano, o cineasta Alan Meira, o músico Idelbrando Brandão e sua companheira Carolina Melo, o professsor João Lucas Castanha e os estudantes Fausto e Giovana, vivem sem muros separando suas casas ou demarcando o terreno, e ao centro disponibilizam um campo de futebol para as crianças que vivem no entorno.”

“Espalhados pelo mundo, projetos sociais como a Comunidade Sabiaguaba desenvolvem-se normalmente em áreas arborizadas, geralmente são registrados em nome de toda a comunidade e formados por um grupo pequeno de pessoas. O que, de acordo com a Rede Brasileira de Ecovilas, evita aglomerações desumanas, como acontece nas grandes cidades. Mas o que as define é que são sempre alternativas ao sistema em vigor.”

“No Brasil, as chamadas “Comunidades Alternativas” são representadas pela Associação Brasileira de Comunidades Auto-Sustentáveis (ABRASCA). A associação defende a substituição da competitividade pela “cooperatividade”. “A percepção individual do sistema capitalista não deve mais ser sustentada. Precisamos tomar uma postura de respeito ao mundo e à biodiversidade que o equilibra”, defende o secretário Geral da Abrasca, Alan Meira.”

Percebe-se que os criadores e desenvolvedores desta comunidade, como de todas as outras, são pessoas que possuem um elevado nível cultural e algum dinheiro para desenvolver a auto gestão. São pessoas privilegiadas, dentro de nossa sociedade, que conseguiram ter acesso à informações e conhecimentos que a maior parte da população mundial não possui devido à grande desigualdade social mundial. Em 2005, a ONU, publicou o seguinte o artigo. The Inequality Predicament: Report On The World Social Situation, denuncia:  “a desigualdade de renda e consumo entre países se manteve estável durante os últimos 50 anos.”

Ainda existem a Aldeia Comunicampo em Mato Grosso – 1° comunidade alternativa fundada no Brasil, em 1975, pelo monge Budista, Eknath. A comunidade Atmacharya Ashram, também em goiás; a Goura Vrnadavana, situada em Parati – RJ; a EcoAldeia de Paz, em Belém do Pará, Amazônia; e outras várias espalhadas pelo país e pelo mundo. Cerca de 50 comunidades encontram-se hoje filiadas à ABRASCA. Neste portal você poderá encontrar várias comunidades alternativas que existem espalhadas pelo mundo.

Movimento Zetgeist

“O termo Zeitgeist vem do alemão, significa “espírito da era”. Este nome foi adotado a partir dos documentários criados por Peter Joseph, que é também o fundador do movimento, 2009. O único objetivo é a aplicação do método científico para o benefício social mundial.”.

“O Movimento Zeitgeist não é um movimento político. Ele não reconhece nações, governos, raças, religiões, credos ou classes. Nossos entenderes nos levam à conclusão de que essas distinções são falsas e ultrapassadas, e estão longe de ser fatores positivos para o verdadeiro potencial e crescimento humanos coletivos. Suas bases estão na divisão do poder e estratificação, e não na união e igualdade – nossos objetivos. Embora seja importante compreender que tudo na vida é uma progressão natural, devemos também reconhecer o fato de que a espécie humana tem a capacidade de retardar drasticamente e paralisar o progresso através de estruturas sociais obsoletas, dogmáticas e, por conseguinte, em desarranjo com a própria natureza. O mundo que vemos hoje, cheio de guerras, corrupção, elitismo, poluição, pobreza, epidemias, abusos aos direitos humanos, desigualdade e crime, é o resultado desta paralisia.”

“Uma importante parceria, da qual se originam muitas das idéias deste movimento, vem de uma organização chamada “Projeto Venus”, dirigida pelo engenheiro social e projetista industrial Jacque Fresco. Ele trabalhou por quase toda a sua vida para criar as ferramentas necessárias para auxiliar na concepção do mundo que poderia eventualmente erradicar as guerras, a pobreza, o crime, a estratificação social e a corrupção. Suas ideias não são radicais ou complexas. Elas não exigem uma interpretação subjetiva durante a sua formação. Nesse modelo, a sociedade é criada como um espelho da natureza, com as variáveis predefinidas, inerentemente.”

“O movimento em si não é uma construção centralizada. Não estamos aqui para conduzir, mas para organizar e educar.”

No site Zeitgeist movie encontra-se filmes completos para serem baixados, explicando com maior profundidade os fundamentos desta pesquisa e seus objetivos. No site do Movimento Zeitgeist existe muito material disponível. Não somente teórico, mas informações sobre o movimento, suas reuniões e sua atuação mundial.

Como sempre lembro em meus posts, esta é apenas mais uma possível solução para um mundo melhor. Ainda precisaremos acumular muita informação e experiência, para alcançarmos uma solução viável a todos. No momento, o que considero de maior importância é disponibilizar sempre, e a todos, informações qualificadas, para que possamos ter as ferramentas necessárias a esta construção.

Seja a mudança que você quer ver no mundo.

Mahatma Gandhi



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